Professores do Pará protestam contra PL 729/2024 e enfrentam repressão policial durante ato na Alepa.
- dirochanews
- 29 de jan.
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A mobilização dos professores e servidores estaduais do Pará ganhou força após a tramitação acelerada do Projeto de Lei 729/2024, de autoria do governador Helder Barbalho (MDB). O projeto gerou revolta entre os trabalhadores da educação, que alegam falta de diálogo e impactos negativos para a categoria. Como forma de resistência, sindicatos organizaram atos e mobilizações, culminando em uma grande manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), em Belém, na quarta-feira, dia 18 de janeiro..
A principal reivindicação dos professores e servidores é a valorização profissional, com melhores condições de trabalho e reajuste salarial condizente com a inflação. Segundo representantes da categoria, o governo estadual não abriu espaço para negociação antes de enviar o PL à Alepa, o que gerou indignação e motivou a greve.
Durante o protesto, a tropa de choque da Polícia Militar utilizou balas de borracha, spray de pimenta e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Entre os atingidos, dois professores foram feridos por balas de borracha, um deles no rosto, necessitando atendimento do Corpo de Bombeiros. Além disso, diversos manifestantes passaram mal devido à inalação de gás lacrimogêneo e foram socorridos por colegas e servidores da Alepa.

Apesar da pressão dos manifestantes, o PL foi aprovado com 10 votos contrários durante a 36ª sessão ordinária da casa, a última do ano. Antes disso, já havia recebido pareceres favoráveis das comissões de Justiça, Finanças e Educação. A rapidez na tramitação e a falta de diálogo foram alvos de duras críticas dos sindicatos, que classificaram a aprovação como um ataque aos direitos da categoria.
Ao final do protesto, dois manifestantes foram detidos e levados à Seccional do Comércio pela polícia, o que gerou ainda mais revolta entre os presentes. Representantes sindicais denunciaram a repressão como uma tentativa de silenciar os professores e servidores, além de anunciar que buscarão medidas judiciais contra os excessos cometidos pelas forças de segurança.
Diante desse cenário, a mobilização da categoria continupou nos dias seguintes, com novas manifestações e a possibilidade de intensificação da greve. Os professores e servidores prometeram não recuar até que suas reivindicações sejam atendidas e que o governo abrisse um canal efetivo de negociação.
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